Já tinha avistado uma certa garota, cabelos e olhos escuros, pele pálida, aparência saudável, porém de alma sofrida e desiludida. Ele já havia julgado como louca, a mesma, o cativou. Seu caráter, seu jeito, personalidade, surrealidade. Não sabia o que sentia, era anormal, irracional, algo que mexia suas estribeiras, tirava seu sono e sanidade.
Ela tinha medo de amar, foi iludida mais de uma vez, escanteada ... Acorrentava-se a isso, sua depressão não parava, aprofundava-se cada dia mais, tinha um olhar melancólico, um tom sereno. Mas por aquele rapaz era diferente, encantou-se pela pele bronzeada que via, a voz grave, os cabelos indígenas, o ar de mistério, tudo.
Uma amizade surgia, olhares os prendia, em vossos lábios haviam imãs - faziam de tudo para controlar, mas o desejo permanecia. Abraços longos, risadas constantes, todos percebiam, menos a garota desiludida, sem saber, apaixonada.
Num reencontro, o mundo era invisível, as pessoas eram fantasmas, a menina não sabia, mas todos torciam para uma união, infelizmente, estava fria por decepções que sofrera, porém, dessa vez, estava enfeitiçada.
Sem suportar tanto amor consigo, virou seu rosto e o beijou, nervos ofegantes, surpresos e bobos [...] A partir dali, nada seria como antes. Os primeiros beijos, primeiros abraços, declarações a cada cinco segundos, um "eu te amo" por telefone, outro com olhos fixos, andar de mãos dadas, rolar na grama, rir p'ra caramba. Mais que felizes [...]
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